quarta-feira, 7 de julho de 2010

SERIA UM HEXA ZANGADO



Faço um carinho nos corações patrióticos que não puderam ver a cor do hexa. Quem sabe em 2014?! Eu particularmente estava torcendo, não contra a Seleção Brasileira, mas, contra o reacionarismo do técnico Dunga. Eu não ficaria feliz caso o Brasil ganhasse a Copa do Mundo de 2010.

O torcedor vive na urgência exagerada em querer mostrar que sua seleção é capaz, e por isso sofre quando a sua seleção perde; contudo, no caso do Brasil esta perda fará bem ao futebol brasileiro. Futebol não é só uma caixinha de surpresas. Portanto, não seria as regras superlativas impostas pelo técnico Dunga aos jogadores, com o objetivo de resgatar o amor à Seleção Brasileiro,como se somente ele amasse a Seleção Brasileira, que traria a taça ao Brasil. Porque com o futebol diminutivo da Seleção Brasileira não haveriam surpresas.

Pela concepção de futebol do Dunga, eu não teria a satisfação em festejar um titulo que tivesse a mão do Dunga, já basta o da Copa de 1994. Essa coisa esquisita que se chama futebol pragmático,é lorota. Pragmático pra mim é ter bons hospitais públicos. Fiquei feliz pela eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul. Quem venha 2014.

UM PARADOXO



Sempre que escuto um homem falando que tal sujeito é um covarde porque
bate em mulher, eu penso, se o sujeito que bate em mulher é um covarde porque bate em mulher ou se aquele que censura o ato de um homem bater em uma mulher estar inferiorizando a mulher.

E por considerar a mulher inferior ao homem, o homem só seria digno de coragem ao bater em outro homem. Portanto, eu acho que ao mesmo tempo que recriminarmos o ato de violência de um homem contra uma mulher, estamos também cometendo um ato de discriminação a mulher.

O homem que bate em mulher não é covarde porque bate em mulher, ele é incapaz de controlar seu ímpio agressivo. Bater em homem não é sinônimo de coragem, mas de agressividade. As contradições de uma cultura é o que forma o alicerce da própria consciência social .