Uma coisa que me impressiona no Rio de Janeiro é a quantidade de botecos espalhados pela cidade; e o mais curioso é que, volta e meia, algum empreendedor abre um barzinho chique, limpo, bem-apresentado, mas o barzinho não dura o suficiente para que ele ao menos recupere o investimento.
A cultura do boteco no Rio de Janeiro é sólida. Há um pacto subconsciente entre os cariocas que rejeita bares com a pretensão de se colocarem acima dos botecos. E há até uma expressão específica para os estabelecimentos que não vingam: caveira de burro.
E, nessa imensidão de botecos, sempre há um que serve iguarias capazes de deixar no chinelo os pratos dos melhores restaurantes. Minha favorita é jiló com moela. Acompanhada de cerveja ou de uma taça de vinho, é uma delícia. Mas nem todo boteco sabe acertar o tempero e o cozimento; ainda assim, a maioria tem jiló e tem moela.