quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BARBARA EVANS



Engraçado que escrevi um texto para postar no Natal, e no entanto, fiquei me autocensurando por achar que estava magoando o sentimento daqueles que ainda crer no Natal. Mas o Natal passou, e o sentimento de autocensura também passou. Então posto o texto que era para ser postado no Natal, posto até mesmo, porque este é o último ano do mundo, e como não terá mais mundo, então vou aproveitar deste mundo que ainda existe. Seque o texto – Se deus existe, é possível que ele goste de mim, ou me odeie, por eu desacreditar na existência dele. E para castigar-me, ele me deixa vivo. Mostra a mim, que o seu reino cresce a cada dia que passa. Neste Natal ( de 2011), a revista playboy, acho eu, que com o consentimento divino, estampa na sua capa, para a felicidade dos lobos, a anjinha da filha da Monique Evans, a Barbara Evans. Pena que depois que eu passei a fazer uso de coca cola, e energético, perdi o meu libido, e não vou poder devassar a anjinha da Barbara Evans.

A mãe, a Monique Evans, eu comi varias vezes, com uma satisfação de um lobo, protegido pelos ladrilhos dos banheiros, que me serviram de exílio. Mais um Natal, e quando não se gosta da ideia que nessa data nasceu um menino chamado Jesus, e também não acha nada que possa salvar da vida, nem mesmo as guloseimas natalinas; ou mesmo, uma festa no meio do mato, que exorta o êxtase tribal, a melhor coisa a fazer, acho eu, é ficar em silêncio. Se revoltar contra a vida só leva ao nada. Então, aconselho aos fortes e aos fracos, que passam os apuros da adjetivação desta data festiva: fiquem em silêncio. Não emita juízo sobre a vida, porque você pode sofrer os percalços do nada. Não fume crack, não cheire e se aplique cocaína, ou mesmo heroína; porque cheirar e fumar, te fará perder a sensação que a vida é uma merda, e que essa data é um paliativo aos odores podres dos ideais humano. Por isso, a coisa mais importante da vida é ver e sentir o infinitivo que a vida é. Caso encontre o autor deste texto em alguma ceia de Natal, não se assuste, ele sofre de transtorno bipolar.

Portanto, não peça bença aos santos, porque a gloria dos santos é feita de transtorno bipolar. Nem mesmo faça meditação, porque você corre o risco de se tornar mais bizarros do que o David Lych. Nem caia na loucura de ser budista, porque te criará a falsa sensação que é a religião mais bela do mundo. E acreditar que o budismo é uma bela religião, é um grande perigo. Encontre pelo menos um meio de ter uma fonte de renda, que não seja através da bondade alheia, ou da corrupção alheia. Se alguém te sorrir, não devolva sorrisos espontâneos, pense no sorriso que você dará. Existem tantos risos. E se for sorrir para um chato, ou um especialista (construtores burocráticos), que acham, que arte e a economia salva das coisas da vida, ou mesmo sorrir para um otimista, que acha que viver é decorar as coisas feias da vida com presépios natalinos; ou então, sorrir para um pessimista, carente em noite de fraqueza. Tome mais cuidado ainda, pois, são mais perigosos do que a anjinha da Bárbara Evans. A noite de Natal é a noite que os animais políticos mais se odeiam. Mas é Natal, e por isso os animais políticos não se matam. Do ponto de vista otimista, o Natal serve para confraternizar a nossa hipocrisia, e refiná-la em requintes elegantes, que só os animais políticos são capazes. Viver é um ato subjuntivo.