sexta-feira, 18 de julho de 2008

OS CLONES DE CHARLES BUKOWSKI



Às vezes me pergunto porque diabo tantos escritores têm a pachorra de escrever livros e mais livros para se tornarem sombras da alma vagabunda do escritor Charles Bukowski. Uns putos tomam uns porres de merda, cheira a merda de um pó malhado, e senta de frente de seus computadores, e passam a chupar a rola de Bukowski, comida pela gonorréia e a sífilis, e após babar a rola de Bukowski, cospe pra todos os lados e diz que acabou de escrever um grande livro.

Conheço pessoas que tem um estilo de vida de merda, uns filhos de puta que mal sabem quem de fato fora Bukowski, pessoas medíocres, que copia um estilo literário e passam a ostentar pose (a famigerada atitude) de escritor; e o pior, é que esses escritores, clones do Bukowski, não sabem mentir, não sabem beber, não cheira um bom pó, e não faz da cirrose um grande livro. Pelos menos Bukowski sabia mentir, sabia beber, e de um cu sujo de uma puta, que ele comia, gozava um livro; às vezes um bom livro; às vezes uma merda de livro. Mas a porra dos livros do Bukowski têm vida, mesmo que uma vida sifilítica, mas têm vida.

Porque a porra destes escritores que têm o Bukowski como referência literária, não deixam a alma do Bukowski em paz, e vão abrir uma ONG ou mesmo bater carteira em ônibus. Por quê ninguém quer escrever como James Joyce? Porque escrever como Joyce é um pé no saco, e dói muito; é uma literatura feita por sádico, em busca de leitores masoquistas. E nesse caso requer estilo, e não atitude babaca. Já a literatura feita pelos clones de Bukowski, é uma literatura feita por uns babacas em busca de excitação barata. A coisa chata destes clones do Bukowski, é que não há renovação de estilo literário. A porra dos editores publicam estes clones de Bukowski, acreditando que estão fazendo um bom negócio, ou talvez estejam lavando dinheiro de máfias, publicando uma merda de uma literatura, que já sabem que não haverá retorno, além, claro, os dividendos da lavagem do dinheiro sujo das máfias. Os vagabundos de hoje serão os velhos babacas do amanhã.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

PAJÉ MISSA E EBÔ NO PAÍS DO EUFEMISMO




A dita geografia de "gentileza e tolerância” que se tornou o Brasil, é, na verdade uma falésia constituída de precipícios. Os povos que tentaram escalar esta falésia "relacional" que fora, e ainda é o Brasil, regaram o chão deste abismo territorial com a cumplicidade das dialéticas e das retóricas colonizadora. Pois, os povos que construíram este território que passou a ser chamado de Brasil, desenvolveram-o na base do chicote paternalista dos portugueses, a tão chamada “gentileza e tolerância” racial. Apesar do território ser desconhecido a todos aqueles que aqui chegaram - menos aos índios – Essa gentileza nasce, não através de uma comunhão de paz, mas, pela comunhão da violência.

A convivência de índio, africanos e europeus e outros povos em menor número neste espaço essencial que passa a ser chamado de Brasil, administrado pelo ponto de vista dos portugueses, gera uma geografia de lutas e de construção de uma nova identidade, cuja memória afetiva é confusa; exemplos visíveis deste estado dúbio estão em nossa relação como Nação. Qual a razão que nos levam a queimar o nosso potencial enquanto ser humano em folias irresponsáveis enquanto tudo está indo para o brejo; pois, a dubiedade atinge a todos, não deixando de fora a elite. Essa dubiedade geral alimentou e ainda alimenta a nossa resignação, cultivada no silêncio da História do Brasil.

Alguns homens vestidos de uma visão científica, e distantes de um compromisso das causas (visão cientifica, porque a ciência é a arte de criar possibilidades para a permanência do poder), que a prática colonizadora causou aos povos, que aqui chegaram e se fundiram. Estes homens de ciência, diriam que não temos uma herança de traumas Psico-históricos, que tudo ocorreu dentro de um processo transformador, que até trouxera melhoras aos povos ditos primitivos. E essa melhora seria a condição de sairmos de povo selvagem e passamos a condição de povo gentil e tolerante.