
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, não encontrei palavras para expressar ou criar um pequeno verso sobre a condição da mulher. Atribuo essa minha dificuldade em falar dela com ternura e poesia a um processo de insensibilidade que tem se apoderado de mim. As razões para esse processo de insensibilidade, que vem tomando conta da minha alma, são muitas. Uma delas é que a poesia sempre foi uma pele que protegia — ou protegia — o ser humano da realidade sangrenta com a qual sempre conviveu. E, com o tempo, essa pele poética foi destruída pela corrosiva solidão dos fenômenos da vida. Por isso, o mundo anda despido de pele poética. E quanto a mim, estou preso a essa interdependência entre os modos criativos e destrutivos que regem a vida. O que isso tem a ver com o Dia Internacional da Mulher? Tudo! A mulher e a poesia é parte da vida e do meio. Portanto, o meio anda a destruir a mulher e a poesia.
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